quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Jornalistas reunidos no México temem aumento da censura na internet

02/12/2007 - 01h16 - Atualizado em 02/12/2007 - 03h01

Novos mecanismos já impedem publicação de matérias em alguns países.
Blogs seriam alternativas para escapar das restrições.


Um grupo de jornalistas advertiu sobre os riscos que o jornalismo enfrenta com o 'refinamento' da censura na internet e a aplicação de determinadas tecnologias de publicidade para controlar a informação.

Quatro jornalistas de Egito, Colômbia e Panamá participaram de uma mesa intitulada "Censura e liberdade de expressão na nova mídia", que aconteceu durante o 3º Encontro Internacional de Jornalistas, dentro da 221ª Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL).

"O problema da internet é que existe uma legislação muito ambígua. Em países onde existem leis sobre internet apareceram novas censuras", disse o panamenho Luis Botello, representante do Centro Internacional para Jornalistas (ICJ). Entre os países mais fechados à rede mencionou Cuba, China e Mianmar.


Censura por região
Botello afirmou que começou a ser utilizado um tipo de tecnologia conhecido como "geo-targeting", que fornece diferentes anúncios pela internet dependendo da região onde o usuário se encontra, com o propósito de rentabilizar ao máximo a despesa publicitária.


Aplicada na informação, essa tecnologia permitiria à imprensa evitar que certos artigos fossem publicados em determinados países para evitar possíveis problemas legais. O colombiano Javier Darío Restrepo, especialista em ética jornalística, afirmou que a "internet não faz ninguém livre", mas cada um tem a possibilidade de fazer da rede "um instrumento de liberdade", dependendo de como a utiliza.

Blogs
O egípcio Wael Abbas, vencedor do Knight International Journalism Award deste ano, comentou aspectos da informação divulgada através de blogs em seu país, onde apareceram notícias relevantes de temas que normalmente tinham sido ignorados pelos meios de comunicação de massa.


A editora Rebeca Cabrales, da Colômbia, relatou sua experiência com blogs e os modelos que facilitam a interação entre mídia e leitores pela internet, onde os usuários "não ficam calados diante da omissão de toda a verdade e reagem". Além disso, diferenciou a censura, que "se ampara em regras emitidas no último momento", da moderação, que "responde aos parâmetros de um código previamente aceito e garante o contínuo discorrer de idéias".


Como podemos perceber, há censuras em algumas partes da interação (informação), e cabe a nós profissionais da comunicação de aceitarmos ser intimidados ou não por algo que está ao nosso alcance e que obviamente podemos lutar contra, desde que respeitamos as leis .
É importante lembrarmos que o direito de liberdade é válido, e devemos aceitar e respeitar também o direito do outro. Mas a informação é essencial a todos, e o que isso muito me parece é o bloqueio a certas infomações, "priorizando algo ou alguém".
Há também aqueles que diz, que tal tecnologia iria impedir, certos artigos a ser publicados, aqui surge uma pergunta que não que se calar: Será que é realmente alguns artigos ou a boca do povo?

Por/Cristian Alves - Jornalismo 5º Período / Noite.

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