segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Direitos Autorais: abolição, revisão ou apenas manutenção?

“Direito Autoral ou Direitos de Autor são as denominações usualmente utilizadas em referência ao rol de direitos outorgados aos autores de obras intelectuais (literárias artísticas ou científicas). Neste rol encontram-se dispostos direitos de diferentes naturezas. A doutrina jurídica clássica coube por dividir estes direitos entre os chamados ‘direitos morais de autor’ (direitos da personalidade) e aqueles de cunho patrimonial.” (Fonte: Wikipédia).

O direito autoral precisa existir, mas o modo como é proposto deve ser revisado. Para aprofundamento deste assunto, foi necessário apresentar um conceito e as classificações dessa espécie de direito. Mas por que se faz necessária a existência dos direitos autorais? Pode-se dizer que dessa forma há proteção de obras intelectuais, garantindo a sobrevivência do autor. Contudo a proposta atual dos direitos autorais não mais atende às principais normas democráticas, não permite o desenvolvimento cultural e ainda traz graves incentivos para a concentração econômica.

Acredita-se que o direito autoral trata de forma adequada a questão da propriedade. Mas na verdade o que encontramos é um monopólio quando se afirma que o autor possui o direito exclusivo de determinar as direções que sua obra pode tomar. Desse modo, o direito autoral desestimula a colaboração e cria espectadores ao invés de usuários de uma obra.

O acesso ao conhecimento e o desenvolvimento da criatividade deveriam ser tratados como prioridade, mas os direitos autorais acabam impedindo que isso aconteça. A duração excessiva do prazo de proteção de uma obra autoral é um exemplo. Essa duração maior garante o monopólio sobre a utilização de uma obra e priva com maior amplitude o acesso de terceiros ao conteúdo dessas obras.

Nesse momento, muitas alternativas são colocadas em questão. O copyleft permite a reprodução livre e, ao mesmo tempo, garante ao autor o reconhecimento e o prestígio de sua criação. Outra alternativa é o creative commons, que significa oferecer certos direitos a qualquer pessoa, porém sob determinadas condições.

Há quem seja a favor da abolição dos direitos autorais. Há quem diga que eles são necessários. E finalmente há quem não diga nada. E eu digo que são necessários sim, mas com revisão. Estamos abordando um assunto de suma importância. Trata-se de uma questão grave e que coloca em debate o futuro do conhecimento e da criatividade em nossa sociedade. Precisamos encontrar alternativas para uma readaptação justa dos direitos autorais. Justa com os autores/criadores e com a sociedade, permitindo o acesso igualitário ao conhecimento, às informações e garantindo os direitos à propriedade intelectual.

Por Flávia Vieira. 5° período de Jornalismo.

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